Na última quarta-feira (28/04), o programa Agenda Comunitária recebeu o coordenador-geral da Sub Sede Baixo São Francisco I, do Sintese, Professor Vanderley, para uma entrevista tendo como tema principal “o retorno das aulas principias em meio a pandemia”, principalmente no que diz a respeito à situação de Aquidabã.
Segundo o professor, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe tem uma posição já bem definida quanto essa questão do retorno das aulas presenciais, tanto que durante Assembleia Geral unificada ocorrida na terça-feira, (27/04), de forma virtual, professores e professoras das redes municipal e estadual de Sergipe, novamente reafirmaram que o retorno às aulas presenciais só deve acontecer a partir da garantia da vacinação dos trabalhadores e trabalhadoras da educação, com prioridade àqueles que estão lotados em escolas.
Questionado sobre retorno das aulas presenciais da educação infantil, disse que a situação na cidade de Aquidabã, do seu ponto de vista, é desnecessária, porque no município, o único documento encontrado por ele a respeito desse assunto é um decreto do prefeito autorizando as escolas particulares a funcionarem e não faz menção as escolas públicas. Ainda segundo o professor, essa discussão não foi feita no Conselho Municipal de Educação, visto que ele faz parte do referido conselho.
Vanderley afirmou que as crianças não tem o mesmo senso que nós temos, que é difícil controlar suas ações, que elas fiquem usando as máscaras e mantendo certo distanciamento dentro das salas de aulas e que caso haja alguém infectado, não temos dimensão da proporção de contágio que essa situação possa gerar, devido a quantidade de pessoas que podem ter contato com esse infectado.
Outros temas também foram abordados durante a entrevista, como a atuação do sindicato no município, na luta por melhorias das condições de trabalho dos professores e sua relação com as gestões anteriores dando ênfase que, as ações do Sintese são guiadas pelas discussões voltadas para as políticas educacionais e não partidárias do mandatário do momento.
Vanderley também chamou atenção para o fato de que o município de Aquidabã abriu mão de receber recursos de um processo da união no valor de 13 milhões de reais, que poderiam ser utilizados para a melhoria da educação do município, e que esse mesmo município que abriu desse montante é o mesmo que perdendo em diversas instâncias recorre por diversas vezes para não pagar um valor de 6 mil reais de um trabalhador, segundo ele não há razão lógica para uma situação dessas.
Em outro momento da entrevista foi ressaltada a importância da participação da sociedade e seus mais diversos seguimentos nas discussões voltadas para a educação, é necessário que os conselhos municipais tenham uma comunicação mais eficiente com a sociedade e que esse debate seja claro para que as pessoas possam contribuir para a construção das politicas públicas voltadas para a educação em Aquidabã.